As ondas do mar trouxeram saudade
E a saudade veio e me fez chorar tanto
Pedi novamente que as ondas voltassem
Meu corpo banhassem e levassem meu pranto
E o pranto que foi misturando às águas
Levaram as mágoas pra não mais voltar
Olhando o infinito do azul bonito
Novamente eu vi a gaivota cantar
A mesma gaivota que um dia na praia
Apanhou a carta que a mim pertencia
Era bem cedinho e eu fiquei sozinho
Olhando a gaivota que no mar sumia
Todo esse tempo embora sem ler
Soube compreender e a carta conservou
Ao me ver de volta dirigiu-se a mim
E cantando assim a carta me entregou
Mais que depressa o envelope abri
E a carta eu li e me vi chorar
Dizia, benzinho jamais te esqueço
Deixo escrito meu endereço
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